O rapper Oruam, conhecido por sua ligação com o Comando Vermelho, se entregou à polícia na noite de segunda-feira (21), após um pedido de prisão preventiva aceito pela Justiça do Rio de Janeiro. O artista é investigado por sua associação com líderes do tráfico, como Doca e Rabicó, ambos foragidos e apontados como chefes do tráfico em áreas dominadas pela facção criminosa.
De acordo com o documento judicial, Oruam foi indiciado por sete crimes, incluindo tráfico de drogas e resistência, após tentar impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e roubo. Durante a abordagem, ele e um grupo de pessoas atacaram os policiais, resultando em um agente ferido e danos a viaturas. O menor conseguiu escapar para uma área de mata durante o tumulto.
O rapper, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, possui vínculos familiares com figuras proeminentes do Comando Vermelho, sendo filho de Marcinho VP e sobrinho de Elias Maluco. A polícia afirma que sua residência se tornou um ponto de encontro para foragidos da Justiça, e que Oruam frequentemente exalta sua identidade criminosa nas redes sociais, desafiando as autoridades e reforçando sua lealdade à facção.
Oruam, que conta com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify, se apresentou no Lollapalooza 2024, onde fez um apelo pela liberdade de seu pai. A situação do rapper levanta questões sobre a influência da cultura do crime na música e o papel das autoridades na repressão a essas práticas.