O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, se entregou à polícia nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro, após ter sua prisão decretada pela Justiça. O artista se apresentou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, acompanhado de sua mãe e namorada. Ele é acusado de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal, além de ser investigado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A ordem de prisão foi emitida após um incidente em que Oruam e outros indivíduos atacaram policiais civis que tentavam apreender um adolescente em sua residência, localizada na Vila do Joá, zona oeste do Rio. A defesa do rapper afirma que não foram encontradas drogas durante a busca realizada na madrugada de terça-feira, e argumenta que a resistência foi uma reação a abuso de autoridade por parte dos agentes.
O rapper admitiu ter atirado pedras contra os policiais, alegando que a ação foi uma resposta ao uso de armas por parte deles. O processo está em segredo de Justiça, mas a acusação de lesão corporal é agravada pelo fato de ter sido cometida contra um agente público em exercício. Oruam também é investigado por sua suposta ligação com o Comando Vermelho, facção criminosa à qual seu pai, Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, é associado. O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, classificou Oruam como "um criminoso faccionado".