O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, se apresentou à polícia nesta terça-feira, 22, na Cidade da Polícia, localizada no Jacarezinho, Rio de Janeiro. A entrega ocorreu após a Justiça decretar sua prisão pelos crimes de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal, em decorrência de um ataque a policiais civis que tentavam apreender um adolescente em sua residência na vila do Joá.
De acordo com a Polícia Civil, Oruam é investigado por tráfico de drogas e associação para o tráfico, possivelmente ligado ao Comando Vermelho. A juíza Ane Cristine Scheele Santos emitiu a ordem de prisão, que menciona explicitamente o artigo 129 do Código Penal, referente a lesões corporais, após Oruam admitir ter atirado pedras contra os policiais, alegando que agiu em legítima defesa diante de uma abordagem armada.
A defesa do rapper argumenta que não foram encontradas drogas em sua residência durante as buscas e que a resistência foi uma reação a um suposto abuso de autoridade. O processo está em segredo de Justiça, e Oruam também responderá por danos ao patrimônio público, uma vez que as pedras lançadas atingiram viaturas policiais. O secretário da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Felipe Curi, classificou Oruam como "um criminoso faccionado" ligado à facção criminosa Comando Vermelho.