A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPRJ) e tornou réus por tentativa de homicídio qualificado o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira. A decisão foi proferida na terça-feira, 29 de agosto, conforme informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A denúncia do MPRJ envolve duas tentativas de homicídio qualificado contra Moysés Santana Gomes, delegado da Polícia Civil, e Alexandre Alvez Ferraz, oficial de cartório. O documento judicial destaca a clareza dos fatos e a tipificação precisa dos crimes imputados aos réus. A Justiça determinou a prisão preventiva de ambos, visando à garantia da ordem pública e à aplicação da lei penal, sendo que Oruam já se encontra preso em Bangu 3.
As acusações contra Oruam incluem não apenas tentativa de homicídio, mas também lesão corporal, resistência com violência, desacato e danos ao patrimônio público. Os crimes teriam ocorrido em 21 de julho, quando policiais civis tentaram cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do rapper, onde um adolescente foi encontrado. Durante a ação, Oruam e Willyam teriam agredido os policiais com pedras, resultando em ferimentos a um deles e danos aos veículos utilizados na operação.
A investigação revelou que as pedras lançadas tinham pesos significativos, com potencial para causar lesões letais. A perícia identificou sete pedras, com pesos variando de 130 gramas a 4,85 quilos, arremessadas de uma altura de 4,5 metros. Oruam se entregou à polícia no dia 22 de julho, após os incidentes.