Uma ração contaminada é a principal suspeita pela morte de quase 300 cavalos em quatro estados brasileiros. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou até o momento 245 mortes de equinos em São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Minas Gerais, além de investigar casos na Bahia e em Goiás. A empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda, com sede em Itumbiara (GO), é apontada como responsável pela contaminação, que teria ocorrido devido a falhas no controle de qualidade da matéria-prima.
Análises preliminares do MAPA identificaram a presença da monocrotalina, uma substância tóxica associada a lesões hepáticas severas nos equinos. Os sintomas de intoxicação incluem apatia, perda de apetite e, em casos extremos, a morte dos animais. Em resposta à situação, o ministério suspendeu a produção de toda a linha de produtos da Nutratta em 25 de junho, mas a empresa obteve autorização judicial para retomar a fabricação de rações para bovinos e ovinos, decisão que o MAPA pretende contestar.
A Nutratta declarou que está colaborando com as investigações, mas não se manifestou sobre as mortes confirmadas. O caso levanta preocupações sobre a segurança alimentar e a saúde dos animais, evidenciando a necessidade de rigor no controle de qualidade das rações utilizadas na pecuária brasileira.