Em julho, o Acre registrou mais de 100 focos de queimadas, com a capital Rio Branco contabilizando mais de 300 ocorrências de incêndios. Esse aumento nas queimadas resultou em uma deterioração significativa da qualidade do ar, que foi classificada como moderada segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A cidade ocupa atualmente a terceira posição no ranking de poluição do ar no Brasil, de acordo com a plataforma internacional IQAir.
O Índice de Qualidade do Ar (AQI) de Rio Branco, na última quinta-feira, alcançou 50, um nível considerado moderado, que indica que a qualidade do ar é aceitável, mas pode representar riscos para grupos sensíveis. A média do AQI na cidade entre 1º de julho e a data mencionada foi de 47,2, próximo ao limite que caracteriza a poluição como moderada.
Além do impacto na qualidade do ar, as queimadas também causaram danos significativos à fauna local. No último domingo, uma queimada no Conjunto Village Tiradentes destruiu cerca de nove hectares de vegetação, resultando no resgate de animais silvestres, incluindo um tamanduá-mirim e um filhote de coruja, que foram levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Os bombeiros atenderam mais de 300 ocorrências de queimadas em Rio Branco apenas nos primeiros 15 dias de julho, evidenciando a gravidade da situação.