A Queijeira Dona Gertrudes, localizada na zona rural de Caicó, no Seridó potiguar, foi reconhecida nacionalmente ao conquistar seis medalhas na 8ª edição do Prêmio Queijo Brasil, realizada em Blumenau, Santa Catarina, no último fim de semana. Entre as medalhas, três foram de ouro, destacando a qualidade da produção artesanal que começou há 50 anos com métodos simples.
Gertrudes Fernandes, fundadora da queijeira e aos 79 anos, relembra o início da produção, que começou com apenas 10 litros de leite e uma prensa de madeira. A tradição familiar, que é passada de geração em geração, é um dos pilares que sustentam a qualidade do queijo. "Eu quero que, quando eu não existir, eles mantenham essa qualidade. Não é só fazer de qualquer jeito, é fazer com amor", afirmou Gertrudes.
A filha de Gertrudes, Alane Fernandes, destacou a importância da profissionalização da queijeira, que se tornou a primeira registrada no Rio Grande do Norte. Ela ressaltou que a qualidade do queijo começa na matéria-prima e que o compromisso com o produto é fundamental. "O segredo de um queijo premiado começa no leite, no trabalho com o produtor", disse Alane.
Com um histórico de premiações, a Queijeira Dona Gertrudes já conquistou cinco medalhas no ano anterior e agora soma seis em 2023, reafirmando a relevância da marca do Seridó no cenário nacional. A família acredita que a história da queijeira é também a história da região, e o compromisso com a qualidade e a tradição continua sendo a prioridade da produção.