Uma nova pesquisa revela que cerca de um terço dos usuários de redes sociais está postando menos do que no ano anterior, com a Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre 1995 e 2010, liderando essa tendência. O fenômeno, que pode ser interpretado como uma mudança significativa no comportamento digital, foi discutido pelo jornalista Kyle Chayka em um artigo recente na revista The New Yorker.
Chayka sugere que a sociedade pode estar se movendo em direção ao que ele denomina "postagens zero", onde o compartilhamento de experiências pessoais online se torna obsoleto. Ele observa que as redes sociais, antes vistas como extensões da vida social, agora se assemelham mais a plataformas de consumo de conteúdo, repletas de anúncios e postagens de influenciadores, em detrimento de interações genuínas entre amigos e familiares.
A mudança no uso das redes sociais é atribuída, em parte, à evolução dos algoritmos das plataformas, que priorizam conteúdo publicitário e de marcas em detrimento de postagens pessoais. Chayka destaca que, se as redes sociais continuarem a se afastar da vida cotidiana das pessoas, elas poderão se tornar meras vitrines de anúncios, semelhantes à televisão, onde o conteúdo gerado por usuários é progressivamente substituído por material produzido por inteligência artificial.
A discussão sobre o futuro das redes sociais levanta questões sobre o engajamento dos usuários e o modelo de negócios das plataformas, que dependem fortemente da publicidade. À medida que as interações sociais diminuem, a relevância dessas plataformas para a vida cotidiana pode ser questionada, levando a uma possível reavaliação do papel das redes sociais na sociedade contemporânea.