A Puma, fabricante alemã de artigos esportivos, anunciou uma revisão em suas projeções financeiras para 2025 após um expressivo declínio nas vendas e aumento das pressões tarifárias. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 24, a empresa reportou um prejuízo líquido de 247 milhões de euros no segundo trimestre de 2025, em contraste com o lucro de 41,9 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. As vendas caíram 8,3% em relação ao ano passado, totalizando 1,94 bilhão de euros.
O CEO da Puma, Arthur Hoeld, afirmou que a companhia pretende reposicionar a marca e transformar 2026 em um ano de transição, com foco em novos portfólios de produtos e parcerias. As conversões cambiais impactaram negativamente os resultados em cerca de 135 milhões de euros, e as vendas apresentaram queda significativa em mercados-chave, como Europa (-9,1%), EUA (-3,9%) e China continental (-3,9%).
Além disso, a Puma estimou que as tarifas anunciadas pelos EUA terão um impacto de 80 milhões de euros sobre o lucro bruto, levando a empresa a prever um prejuízo para 2025. A projeção anterior de lucro antes de juros e impostos (EBIT) foi cortada de 445 milhões a 525 milhões de euros. O diretor financeiro, Markus Neubrand, indicou que a empresa planeja aumentar os preços de alguns produtos nos EUA a partir de outubro para mitigar os efeitos das tarifas.
Hoeld também mencionou que revisitará as ambições de crescimento da Puma para 2026 e além, com a expectativa de alcançar uma margem de lucro operacional de 8,5% em 2027, comparado aos 7,1% registrados em 2024. Atualizações sobre os novos planos da empresa devem ser divulgadas em outubro.