O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou um pedido de suspensão cautelar do mandato e bloqueio dos vencimentos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na presidência da Câmara dos Deputados. A solicitação foi feita pelo líder do partido, Lindbergh Farias (PT-RJ), e ocorre após o deputado ter solicitado licença de 120 dias, a qual expirou no último domingo (20).
No documento, o PT argumenta que Eduardo Bolsonaro se envolveu em articulações nos Estados Unidos que seriam hostis ao Estado brasileiro e à Constituição. O texto menciona que, durante sua licença, o deputado fez declarações e ações que promoviam sanções internacionais contra o Brasil, incluindo a celebração de tarifas sobre exportações brasileiras anunciadas por Donald Trump.
De acordo com o regimento da Câmara, a ausência de comunicação sobre o retorno ao exercício do mandato após o término da licença resulta na vedação ao recebimento de salário. Farias enfatiza que, diante da ausência injustificada de Eduardo Bolsonaro, é necessário que a Presidência da Câmara proceda ao bloqueio de sua remuneração.
Além disso, a atuação do deputado motivou a apresentação de duas representações no Conselho de Ética da Câmara, em 25 de maio e 11 de julho de 2025, visando a cassação de seu mandato por violação ao decoro e traição à soberania nacional. Uma petição coletiva também foi protocolada em 16 de julho de 2025, solicitando a suspensão cautelar de seu mandato.