O Partido dos Trabalhadores (PT) quitou uma dívida de R$ 2,3 milhões com o marqueteiro João Santana e sua sócia e esposa, Mônica Moura, referente à campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014. O pagamento, realizado em maio de 2023, encerra uma disputa judicial que se arrastava desde 2018, conforme noticiado pelo jornal O Globo.
O valor foi transferido em um único depósito à empresa Polis Propaganda e Marketing, do casal, e representa a maior parte de um acordo judicial homologado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF). O PT informou que todos os pagamentos foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral e à Justiça do DF, que arquivou a demanda após a quitação da obrigação.
A dívida original, que somava R$ 9 milhões, foi objeto de uma ação judicial iniciada pela Polis em 2018. Após anos de recursos, as partes chegaram a um acordo extrajudicial em abril de 2025, reduzindo o montante para R$ 4 milhões, dos quais R$ 2,3 milhões foram pagos à vista, com o restante a ser quitado em cinco parcelas mensais. A defesa de Santana e Moura solicitou a extinção do processo após o pagamento inicial.
João Santana, um dos principais marqueteiros do PT, foi preso em 2016 durante a Operação Lava Jato, acusado de lavagem de dinheiro e recebimento de caixa dois. Após cumprir pena e firmar um acordo de delação premiada, suas condenações foram anuladas em instâncias superiores, com base na decisão de que os processos deveriam ser tratados na Justiça Eleitoral.