O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou um pedido de suspensão cautelar do mandato e bloqueio dos vencimentos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na presidência da Câmara dos Deputados. O requerimento foi assinado pelo líder do partido, Lindbergh Farias (PT-RJ), e surge após o término da licença de 120 dias solicitada por Eduardo, que venceu no último domingo (20).
O documento alega que o deputado se envolveu em articulações nos Estados Unidos que seriam hostis ao Estado brasileiro e à Constituição, além de promover sanções internacionais contra o Brasil. Farias destaca que a conduta do parlamentar se agravou durante o período de afastamento, com declarações que celebraram tarifas sobre exportações brasileiras anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump.
De acordo com o regimento da Câmara, a ausência sem comunicação após o término da licença implica na vedação do recebimento de salário. O pedido do PT também menciona que a atuação de Eduardo Bolsonaro motivou representações no Conselho de Ética da Câmara, solicitando a cassação de seu mandato por violação ao decoro e traição à soberania nacional. Além disso, uma petição coletiva foi protocolada em julho de 2025, pedindo a aplicação de medida cautelar de suspensão do mandato do deputado.