O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) efetuou, em maio, um pagamento de R$ 2,3 milhões à empresa Polis Propaganda e Marketing, de João Santana e Mônica Moura, marqueteiros que já foram presos na Operação Lava Jato. As prisões ocorreram devido a acusações de lavagem de dinheiro e uso de caixa 2 em campanhas eleitorais do partido, mas as sentenças foram posteriormente anuladas. A informação foi divulgada na prestação de contas do PT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
João Santana, conhecido por sua atuação em campanhas do PT, incluindo as de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, teve sua empresa cobrando judicialmente um valor referente à campanha presidencial de 2014. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o pagamento foi parte de um acordo homologado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que reduziu a dívida original de R$ 9.042.240,10 para R$ 4.062.054,88.
O PT afirmou que todos os pagamentos foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral e que a demanda foi arquivada após a satisfação da obrigação. Após o pagamento de maio, a Polis solicitou a extinção do processo, alegando que o acordo foi cumprido. O restante da dívida será quitado em cinco parcelas, conforme estipulado no acordo extrajudicial firmado entre as partes.