A Câmara de Recursos do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu abrir um processo disciplinar para investigar irregularidades nas eleições internas realizadas em Camaçari e Barro Preto, na Bahia. A decisão foi tomada após denúncias de que eleitores falecidos tiveram seus votos registrados, conforme revelado por uma reportagem do Estadão. O processo eleitoral em questão definiu os presidentes dos diretórios municipal, estadual e nacional do partido.
A instância de recursos do PT também formou uma comissão estadual com a finalidade de avaliar a extensão das distorções nas votações nas duas cidades. Caso sejam confirmadas irregularidades, a decisão prevê a anulação das urnas afetadas. Até o momento, o PT da Bahia não se manifestou sobre o assunto quando contatado pela reportagem.
A denúncia foi apresentada pela chapa Partido Forte, que foi derrotada nas eleições. O novo presidente do PT na Bahia, Tássio Brito, é apoiado pelo senador Jaques Wagner. A nota interna da chapa ressalta a gravidade da situação, afirmando que a atual direção do partido permite que até eleitores mortos participem das eleições internas, o que consideram uma normalização de práticas irregulares. A chapa pretende recorrer a instâncias nacionais para contestar os resultados das eleições nas cidades mencionadas.