O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo, 6 de julho de 2025, a eleição para a presidência da sigla, marcando o retorno das eleições diretas após um intervalo de 12 anos. O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, de 60 anos, é o candidato favorito, contando com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Edinho representa a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) e, se eleito, terá como uma de suas principais responsabilidades organizar a campanha de reeleição de Lula e definir as estratégias do partido para o Congresso.
O atual presidente interino do PT, Humberto Costa, que assumiu o cargo em março de 2025, após a saída de Gleisi Hoffmann para o governo, também participa do processo eleitoral. O deputado federal Rui Falcão, de 81 anos, da corrente Novo Rumo, é considerado o principal adversário de Edinho e pode levar a disputa a um segundo turno, agendado para 30 de julho. Falcão, que já presidiu o PT em duas ocasiões, afirma que sua candidatura visa ampliar o debate interno sobre o futuro do partido.
Além de Edinho e Rui Falcão, outros dois candidatos estão na corrida: Romênio Pereira, de 65 anos, do Movimento PT, e Valter Pomar, de 58 anos, da Articulação de Esquerda. O Diretório Nacional do PT aprovou, em 7 de dezembro, o calendário do Processo de Eleição Direta (PED), que contará com 1.653.361 filiados aptos a votar, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 4 de outubro de 2024. A votação será realizada em cédulas de papel, uma vez que apenas 16 estados autorizaram o uso de urnas eletrônicas.
O mandato do presidente do PT é de quatro anos, com possibilidade de reeleição, conforme as regras internas da legenda. Edinho Silva, que já foi ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff, defende a ampliação das alianças políticas, mantendo a identidade do PT como central no campo democrático e popular. O resultado da eleição será divulgado ao longo da semana.