Integrantes da chapa Partido Forte, derrotada na recente eleição interna do PT na Bahia, solicitaram a impugnação do pleito após identificarem casos de votos de pessoas falecidas em Camaçari e Barro Preto. A eleição, que consagrou Tássio Brito como novo presidente do partido no estado, foi marcada por denúncias de fraudes que, segundo a chapa, podem representar cerca de sete mil votos irregulares.
A chapa alega que cinco pessoas falecidas votaram em Camaçari e pelo menos uma em Barro Preto. Em resposta, o diretório do PT na Bahia decidiu anular os votos dos falecidos, mas manteve a validade da eleição nas duas cidades. A chapa Partido Forte, que faz parte da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), anunciou que irá recorrer da decisão em nível nacional.
O PT de Camaçari justificou os erros como falhas na lista de votação e refutou as acusações de fraudes, enquanto o senador Jaques Wagner, apadrinhador de Brito, afirmou que qualquer questionamento deve ser dirigido ao diretório estadual. A disputa interna no PT foi marcada por tensões, incluindo denúncias de filiações em massa e judicialização, refletindo a polarização dentro do partido.
A chapa Partido Forte criticou a atual direção do PT, afirmando que a eleição foi marcada por irregularidades e que a participação de mortos no processo eleitoral é um desrespeito à memória dos falecidos e à democracia interna do partido. Além dos votos de falecidos, a chapa também denunciou a existência de 91 páginas de votação duplicadas e falsificações em assinaturas em Itabuna.