No último domingo (29 de junho de 2025), mais de 100 mil pessoas se reuniram em Budapeste para a parada do orgulho LGBTQIA+, que se transformou em um expressivo protesto contra o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán. O evento marca a maior demonstração de descontentamento com o governo desde que Orbán assumiu o cargo em 2010, em meio a um cenário político em transformação.
Orbán, que está em seu quarto mandato, enfrenta uma crescente oposição liderada pelo partido de centro-direita Tisza, presidido por Péter Magyar, ex-membro do Fidesz. A nova aliança política, que surgiu em 2020, tem ganhado força nas pesquisas e se apresenta como uma ameaça real à hegemonia do Fidesz, que mantém a maioria no Parlamento desde 2010.
As próximas eleições parlamentares estão agendadas para abril de 2026, e as intenções de voto indicam uma mudança significativa no panorama político. De acordo com uma pesquisa recente, o Tisza lidera com 32% das intenções, enquanto o Fidesz possui 25%. A vantagem se amplia entre os eleitores mais engajados, onde o Tisza alcança 52% contra 34% do Fidesz.
A ascensão do Tisza se intensificou após a renúncia da presidente Katalin Novák em 2024, em meio a um escândalo que envolveu perdão de um condenado por acobertar abusos sexuais. Magyar, que se distanciou do Fidesz, agora se posiciona como o principal adversário de Orbán nas eleições de 2026, prometendo mobilizar a população contra o governo atual.