A política monetária brasileira deverá sofrer alterações significativas até setembro de 2026, mês anterior às eleições presidenciais. Segundo levantamento do Poder360, a mediana das projeções dos agentes financeiros aponta que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá pela redução da taxa Selic para 13,00% ao ano, o que representa o quarto maior patamar de juros em um ano eleitoral. Em comparação, a Selic já foi mais alta em pleitos anteriores, como em 2002 (18,00%), 2006 (14,25%) e 2022 (13,75%).
Os especialistas esperam uma alta acumulada de 0,75 ponto percentual na Selic, considerando o horizonte relevante da política monetária, que abrange o período de decisões do Copom que impactam a inflação futura. Esse efeito defasado, estimado em aproximadamente 18 meses, sugere que as decisões tomadas entre janeiro de 2025 e setembro de 2026 influenciarão diretamente as condições econômicas durante as eleições.
Com isso, a taxa Selic deve aumentar de 12,25% ao ano para 13,00% no horizonte relevante das próximas eleições. Este aperto monetário será inferior ao observado antes dos pleitos de 2022 (11,75 pontos percentuais), 2014 (3,75 pontos percentuais) e 2002 (2,25 pontos percentuais). O maior ciclo de aperto foi registrado nas eleições em que Lula foi vitorioso, quando a Selic subiu de 2,00% para 13,75% ao ano.