O Banco Central do Brasil revisou suas projeções para o déficit em transações correntes, aumentando a mediana de US$ 56,70 bilhões para US$ 57,70 bilhões para o ano de 2025. A atualização foi divulgada no relatório Focus e reflete uma alteração em relação ao mês anterior, quando a previsão era de US$ 56,70 bilhões. Para 2026, a estimativa também foi elevada, passando de US$ 55,0 bilhões para US$ 57,38 bilhões, em comparação com os US$ 54,91 bilhões projetados quatro semanas atrás.
As expectativas do mercado indicam que o déficit em conta corrente continuará a ser amplamente financiado por Investimentos Diretos no País (IDP), com uma entrada líquida projetada de US$ 70,0 bilhões para 2025, valor que se mantém estável há 31 semanas. Para 2026, a previsão para o IDP também se mantém em US$ 70,0 bilhões pela 17ª semana consecutiva.
Além disso, a mediana do superávit comercial para 2025 foi reduzida de US$ 70,90 bilhões para US$ 69,25 bilhões, enquanto a projeção para 2026 caiu de US$ 77,94 bilhões para US$ 75,20 bilhões. Essas mudanças ocorrem em um contexto de incertezas, especialmente após a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. O Banco Central também prevê um déficit de US$ 58,0 bilhões nas transações correntes para este ano, com um superávit comercial estimado em US$ 60 bilhões e entrada líquida de IDP de US$ 70 bilhões.