Um menino de quatro anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi encontrado amarrado em uma cadeira dentro do banheiro de uma escola particular em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, na última segunda-feira (7). O Conselho Tutelar, acionado por uma denúncia, encontrou a criança sozinha, com tiras de tecido amarradas em seus pulsos e cintura. A professora responsável pela ação confessou ter amarrado o aluno e foi presa em flagrante por maus-tratos.
A mãe do menino, Mirian de Oliveira Ambrozio, expressou seu desespero ao descobrir a situação, revelando que a família não imaginava que algo assim pudesse acontecer. Além disso, novas denúncias surgiram após a repercussão do caso, incluindo vídeos que mostram a criança amarrada em diferentes ocasiões, o que levanta preocupações sobre a frequência desse tipo de tratamento.
Durante a ocorrência, a professora alegou que a ação foi uma tentativa de conter a agitação do menino, que estaria perturbando as outras crianças. A Guarda Municipal deu suporte à situação, e a professora foi levada à delegacia, onde optou por permanecer em silêncio. O Ministério Público já solicitou a conversão de sua prisão para preventiva, visando proteger a ordem pública e as crianças sob seus cuidados.
Este caso levanta questões sobre a falta de protocolos adequados nas escolas para lidar com alunos autistas, em um contexto onde cerca de 900 mil autistas estão integrados em salas de aula comuns no Brasil.