No Dia do Arqueólogo, celebrado em 26 de julho, a professora Bruna Cigaran da Rocha, vice-presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e docente da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), é reconhecida por sua contribuição à pesquisa arqueológica na região do Tapajós. Sua atuação se concentra em áreas habitadas por povos Munduruku e comunidades beiradeiras, onde busca reconstituir histórias silenciadas por meio de vestígios arqueológicos.
Bruna Rocha investiga sítios arqueológicos em terras pretas de índio, que são solos férteis resultantes de antigas ocupações humanas, e se dedica ao estudo de fragmentos cerâmicos do Holoceno tardio. A professora defende que a arqueologia desempenha um papel crucial na conexão entre o passado material e as reivindicações atuais de povos indígenas e ribeirinhos, especialmente em um contexto de crescente exploração econômica na região.
Além de suas pesquisas de campo, Bruna integra grupos de estudos que visam compreender a longa história da ocupação humana na Amazônia, em diálogo com as experiências das populações locais. Ela participa ativamente de discussões sobre o impacto de grandes empreendimentos no patrimônio cultural e no licenciamento ambiental, ressaltando a importância da preservação dos territórios tradicionais.
Em um vídeo recente, Bruna compartilha suas experiências na pesquisa de campo e discute o papel da arqueologia na defesa dos direitos territoriais, destacando o significado de ser arqueóloga na Amazônia contemporânea.