Produtores rurais do Espírito Santo têm investido no cultivo de frutas exóticas, como o achachairu, lichia e pitaya, com o objetivo de diversificar suas culturas e aumentar a renda. O achachairu, originário da Bolívia, se destaca por sua adaptação a climas frios e seu sabor agridoce, embora seu cultivo ainda seja incipiente na região. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) ainda não possui dados oficiais sobre a quantidade de agricultores que cultivam a fruta, mas sua popularidade vem crescendo entre os produtores locais.
Além do achachairu, os agricultores têm ampliado suas plantações para incluir lichia, pitaya e mirtilo, que, apesar de já não serem mais consideradas exóticas, ainda são cultivadas em menor escala. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a produção de pitaya no estado cresceu significativamente desde 2019, alcançando 398 toneladas em 2023, enquanto a lichia, embora tenha registrado uma queda, ainda totalizou 439 toneladas no mesmo ano.
O engenheiro agrônomo Protaze Magevski, que cultiva frutas exóticas em Santa Teresa, destaca que o achachairu, com mil pés plantados, já apresenta árvores em produção. Ele observa que a fruta possui um invólucro resistente, facilitando o transporte e a comercialização. O cultivo de frutas exóticas representa uma nova oportunidade para os agricultores capixabas, que buscam alternativas para aumentar sua produtividade e diversificar suas fontes de renda.