Produtores do vinho italiano Chianti estão implementando uma nova estratégia de exportação, apoiada pela União Europeia, para diversificar seus mercados em resposta à ameaça de tarifas adicionais sobre importações europeias, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Itália, que atualmente é o maior exportador de vinho para os EUA, busca alternativas na América do Sul, Ásia e África devido à incerteza comercial.
Giovanni Busi, presidente do Consorzio Vino Chianti, destacou que a situação deve ser encarada como uma oportunidade para acelerar a diversificação das exportações, citando Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai como mercados com grande potencial. Ele também mencionou o crescente interesse por vinhos na Ásia, especialmente na China, Japão, Vietnã e Taiwan, além do aumento do consumo na África e na Índia.
Matteo Lunelli, presidente-executivo do Gruppo Lunelli, reforçou a necessidade de focar em mercados emergentes, como o Oriente Médio e o Canadá, enquanto os produtores de Prosecco expressaram preocupação com as possíveis tarifas, que poderiam impactar significativamente suas vendas nos EUA, representando cerca de 30% de suas exportações. Giancarlo Guidolin, presidente do Consorzio Prosecco, pediu uma resolução rápida para a incerteza que afeta as decisões estratégicas do setor.