A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, afirmou nesta terça-feira (15) que imigrantes em situação irregular estão envolvidos nas operações dos cartéis de drogas. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em que Bondi apresentou dados alarmantes sobre apreensões de substâncias controladas, destacando a luta do governo contra o narcotráfico e a imigração ilegal.
O presidente Donald Trump tem intensificado a campanha contra a imigração ilegal e o tráfico de fentanil, classificando os cartéis como organizações terroristas. Em 2024, quase 50 mil mortes por overdose foram atribuídas ao uso desse opioide sintético, e Trump critica o México por não conter o tráfico. No entanto, um estudo do Instituto CATO revela que 86,3% dos condenados por tráfico de fentanil em 2021 eram cidadãos americanos.
Bondi mencionou que, desde janeiro, a DEA apreendeu mais de 44 milhões de pílulas de fentanil e 29 mil quilos de metanfetamina, associando a presença de imigrantes ilegais ao aumento do narcotráfico nas comunidades. Ela citou um caso específico de um imigrante flagrado com mais de 300 quilos de metanfetamina e expressou preocupação com a forma como a metanfetamina está sendo apresentada, semelhante a medicamentos prescritos, o que pode levar a dependência.
O diretor interino da DEA, Robert Murphy, também alertou sobre a crescente tendência dos cartéis de direcionar suas operações a estudantes universitários, citando apreensões significativas, incluindo 10 quilos de carfentanil, uma substância extremamente potente e perigosa. Murphy enfatizou a necessidade de impedir que essas drogas cheguem às ruas, destacando os riscos associados ao seu uso.