Antônio José Campos Moreira, procurador geral de Justiça do Rio de Janeiro, protagonizou um episódio controverso durante uma sessão no Ministério Público fluminense na segunda-feira, 14 de julho de 2025. O incidente ocorreu durante um debate sobre a revogação de uma resolução que tratava da gratificação por qualificação para membros do MP, quando Campos Moreira ordenou que um representante sindical "calasse a boca". O momento foi registrado em vídeo e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.
A discussão teve início após o procurador mencionar ter recebido um áudio criticando sua decisão de revogar a resolução, publicada na sexta-feira anterior, 11 de julho. "Veja, o ato foi publicado 6ª feira à noite. Aí eu recebo um áudiozinho, uma voz esganiçada que não sei de quem é declarando guerra, brigando", declarou Moreira, demonstrando sua insatisfação com as críticas recebidas.
Em resposta ao representante sindical presente no auditório, Campos Moreira exclamou: "Cala a boca! Aqui o senhor não tem palavra. O senhor tem palavra no meio da rua. Aqui, não. Cale a sua boca". O procurador justificou a revogação da resolução citando a crise fiscal atual do Estado, afirmando que o benefício será implementado em um momento posterior.
Durante a sessão, o procurador também enfatizou a importância de seu cargo, afirmando: "Eu sou o procurador geral de Justiça. Esse cargo é importante. Não é o Antônio José, é o procurador geral de Justiça. E, quem se dirigir a mim, vai se dirigir com respeito". O episódio levanta questões sobre a relação entre autoridades e representantes sindicais no contexto da administração pública.