A procrastinação, definida como o ato de adiar tarefas, é um fenômeno comum que pode ter sérias consequências para a saúde mental e o desempenho profissional. Especialistas apontam que esse comportamento é frequentemente motivado pela falta de clareza sobre prioridades e pela necessidade de descanso, uma vez que o cérebro tende a buscar a economia de energia. Essa proteção natural, no entanto, pode resultar em estresse, ansiedade e até depressão, além de comprometer a qualidade de vida e as oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
De acordo com Marcela Miranda, especialista em neuroeducação, a procrastinação não deve ser confundida com preguiça; muitas vezes, é um reflexo de medo e sobrecarga emocional. Para combater esse comportamento, técnicas como a reprogramação de pensamentos e autoafirmações podem ser eficazes. Ao mudar a percepção sobre uma tarefa, transformando-a de algo cansativo para uma atividade leve e rápida, é possível alterar a resposta emocional e facilitar a execução das tarefas.
Além disso, Miranda explica que a formação de novos comportamentos requer a construção de novas trilhas neurais no cérebro. Cada vez que um comportamento é repetido, essa trilha se torna mais fácil de percorrer, o que torna desafiador mudar hábitos nocivos. No entanto, ao aprender algo novo, o cérebro ativa circuitos de recompensa, liberando dopamina, que ajuda a reduzir o estresse e proporciona uma sensação de conquista. Portanto, a mudança é possível, embora exija esforço e dedicação.