A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa em Roma, na Itália, nesta terça-feira (29), após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com a condenação transitada em julgado, a parlamentar enfrenta a possibilidade de perder seu mandato na Câmara dos Deputados, onde sua situação se torna insustentável.
Zambelli, que foi a deputada mais votada de São Paulo nas eleições de 2022, pode ter seu mandato cassado por três caminhos: pela Mesa Diretora da Câmara, por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou por excesso de faltas. A primeira opção permitiria a perda automática do mandato sem votação em plenário, embora haja resistência entre os parlamentares que defendem que a questão deve ser submetida ao voto.
A segunda via, que envolve o TSE, já está em andamento, pois a deputada é alvo de um processo por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante as eleições de 2022. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo já havia decidido pela cassação, mas Zambelli recorreu. A terceira possibilidade, a perda por excesso de faltas, se concretiza caso a parlamentar não retorne ao cargo ao fim de sua licença, o que é improvável devido à sua prisão na Itália e à incerteza sobre sua extradição.