Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 21, o servidor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alexandre dos Santos Lopes, revelou que a investigação preliminar conduzida pela corregedoria da corporação identificou a "materialidade" das blitz realizadas durante as eleições de 2022, mas não conseguiu determinar a "autoria" das ações. Lopes, que foi convocado como testemunha de defesa do ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, destacou que novas diligências seriam necessárias para esclarecer a responsabilidade dos envolvidos.
O servidor afirmou que a investigação se concentrou em entender as circunstâncias das operações nas rodovias federais, mas não conseguiu apontar a responsabilidade de servidores específicos. Lopes mencionou que encontrou "inconsistências" nos números operacionais de abordagens em cinco estados, incluindo Pará e Maranhão, e que a apuração preliminar foi encaminhada à Controladoria-Geral da União (CGU), sem que ele tivesse mais contato com o processo desde então.
Em contraponto, o inspetor da PRF, Anderson da Silva Costa, declarou que não houve direcionamento das operações para áreas com eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que as ações da corporação durante as eleições mantiveram a mesma diretriz de sempre. A audiência continua a investigar possíveis interferências nas eleições de 2022.