A cantora e empresária Preta Gil faleceu neste domingo, aos 50 anos, após complicações decorrentes de um tratamento contra o câncer nos Estados Unidos. Reconhecida por sua contribuição ao carnaval do Rio de Janeiro, Preta deixou um legado significativo, incluindo a criação do Bloco da Preta, que se tornou um dos maiores megablocos da cidade, atraindo até 760 mil foliões em 2018.
Fundado em 2009, o Bloco da Preta misturava ritmos como axé e pop, e contava com a participação de diversos artistas convidados. A popularidade do bloco levou à sua expansão para outras cidades, como São Paulo e Salvador. Preta Gil também foi rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira em 2007, uma experiência que ela descreveu como um dos momentos mais significativos de sua carreira.
Além de sua atuação no carnaval, Preta Gil se destacou como uma voz ativa em questões sociais, abordando temas como diversidade, igualdade e representatividade. Em suas declarações, ela frequentemente desafiou padrões estéticos e promoveu a aceitação do corpo, tornando-se uma figura importante no ativismo contra a gordofobia e o racismo.
A escola de samba Mangueira expressou seu luto pela perda da artista, destacando sua profunda conexão com a comunidade. Em nota, a presidente Guanayra Firmino e a diretoria da escola manifestaram condolências, ressaltando a importância de Preta Gil na história do carnaval e na luta por justiça social.