A pressão sobre o chanceler alemão Friedrich Merz aumentou, com membros de sua coalizão exigindo que a Alemanha se una a uma declaração internacional que condena as ações de Israel na Faixa de Gaza, consideradas por muitos como "assassinato desumano de palestinos". A situação em Gaza é descrita como uma tragédia, com críticas internacionais à insuficiência da ajuda humanitária aos palestinos, conforme o direito internacional. Merz, que depende do apoio do Partido Social-Democrata (SPD) para manter sua coalizão, enfrenta críticas por não ter se juntado a cerca de 28 países que condenaram a abordagem israelense à questão humanitária.
O chanceler defende que a Alemanha já se manifestou por meio de uma nota da Comissão Europeia, o que, segundo ele, torna desnecessária uma nova declaração. No entanto, a Alemanha historicamente evita declarações explícitas contra Israel devido à sua responsabilidade histórica em relação ao Holocausto. Essa posição tem gerado descontentamento, especialmente em um momento em que a comunidade internacional se preocupa com a situação dos palestinos em Gaza. A pressão também recai sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que enfrenta apelos para considerar um novo cessar-fogo, sem decisões concretas até o momento.
A ministra do Desenvolvimento Internacional, Reem Alabi Radovan, do SPD, expressou publicamente sua insatisfação com a decisão de não assinar a petição, afirmando que gostaria que a Alemanha se juntasse ao sinal enviado pelos 29 parceiros. A situação na Faixa de Gaza é crítica, com o Ministério da Saúde local reportando mais de 70 mortes em um único dia, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) teve suas instalações atingidas, resultando na perda de suprimentos médicos. A Anistia Internacional alerta para um cenário de fome em massa, com trabalhadores humanitários enfrentando dificuldades para obter alimentos.