O Federal Reserve (Fed) enfrenta um dilema em sua próxima reunião, marcada para os dias 29 e 30 de julho, com a pressão do presidente Donald Trump por cortes na taxa de juros em meio a novos sinais de inflação em alta. Recentemente, a inflação ao consumidor subiu de 2,4% para 2,7% em junho, complicando a perspectiva de uma redução nas taxas, que atualmente estão entre 4,25% e 4,50%.
Trump, que já considerou demitir o presidente do Fed, Jerome Powell, intensificou suas críticas, sugerindo que a taxa de juros deveria ser reduzida para 1%. Essa pressão ocorre em um contexto onde o Fed busca moderar a inflação com uma política monetária restritiva, enquanto o presidente anseia por financiamento mais barato para lidar com os déficits federais.
Os membros do Fed, embora não tenham sinalizado um aumento nas taxas, estão atentos ao impacto das tarifas impostas por Trump sobre os preços, que podem estar contribuindo para a inflação. Christopher Waller, diretor do Fed, indicou que um corte de 25 pontos-base pode ser considerado em breve, mas a decisão final dependerá de dados adicionais sobre emprego e inflação que serão divulgados antes da reunião de setembro.
A tensão entre as expectativas do mercado e as diretrizes do Fed continua a crescer, com investidores monitorando de perto a coletiva de imprensa de Powell após a reunião, em busca de indícios sobre possíveis cortes nas taxas de juros. A situação permanece delicada, com a inflação e a política monetária em um jogo de equilíbrio.