Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (4 de julho de 2025), em meio a pressões políticas e a um cenário de prejuízos financeiros. A decisão foi comunicada ao Palácio do Planalto, mas ainda não foi formalmente aceita, uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se encontra em Brasília. Fabiano, que assumiu a presidência em 2023, entregou sua carta de demissão após conversas com auxiliares do presidente.
A saída de Fabiano ocorre em um contexto de pressão do União Brasil, que busca indicar um novo nome para a presidência da estatal. O pedido de demissão também se dá após a divulgação de um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2025, somando-se a um déficit de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024. A gestão de Fabiano enfrentou críticas por falta de transparência e aumento das despesas operacionais, além de ter perdido apoio de ministros influentes, como Rui Costa, da Casa Civil.
A troca no comando dos Correios já vinha sendo discutida nos bastidores, refletindo a disputa por influência entre o governo e o União Brasil, que controla o Ministério das Comunicações, ao qual a estatal está vinculada. Com a saída de Fabiano, o governo deverá considerar novos nomes, tanto técnicos quanto políticos, para liderar a empresa em um momento crítico de sua história.