A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, além de ex-dirigentes do clube e empresários, por crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. A decisão foi proferida pela juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, que determinou a citação dos réus para apresentação de defesa em até 10 dias.
As investigações, iniciadas no ano passado, apuram irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet, que previa um pagamento de R$ 360 milhões em três anos. A denúncia aponta movimentações financeiras suspeitas e a utilização de empresas de fachada para ocultar a origem dos recursos, além de possíveis ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Ministério Público também solicitou o bloqueio de bens dos denunciados e uma indenização de R$ 40 milhões ao clube. A defesa de Augusto Melo contestou as acusações, alegando que são infundadas e que ele é alvo de um processo ilegal. A VaideBet, por sua vez, não se manifestou sobre o caso.