João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), anunciou sua renúncia ao cargo nesta sexta-feira (18), com a saída oficial marcada para segunda-feira (21). O mandato de Nascimento, que deveria se estender até julho de 2027, foi interrompido por razões pessoais, conforme declarado pelo próprio presidente. Ele pretende se dedicar à vida acadêmica, à escrita e à família.
A legislação que rege a CVM estabelece que, em casos de renúncia, a presidência interina é assumida pelo membro mais antigo do colegiado. Neste caso, o diretor Otto Lobo assumirá a função até dezembro de 2025, quando seu próprio mandato se encerra. Durante seu tempo à frente da autarquia, Nascimento destacou a realização de um concurso público após 14 anos e a modernização das normas para fundos de investimento e ofertas públicas.
Entre as principais realizações de Nascimento, estão a inclusão de novos segmentos, como finanças digitais e sustentabilidade, no ambiente regulatório da CVM. Ele também mencionou a importância da atuação internacional da autarquia, que conquistou assentos em órgãos globais, permitindo a adoção de boas práticas internacionais no Brasil. Um dos episódios marcantes de sua gestão foi a revelação do rombo bilionário na Americanas, que resultou em investigações e processos sancionadores pela CVM.