O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (8 de julho de 2025) que ainda não há reuniões agendadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir o impasse em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Motta destacou a importância do diálogo com todos os envolvidos para encontrar uma solução para a questão.
A declaração de Motta ocorre após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informar ao portal Metrópoles que se reunirá com o presidente da Câmara ainda esta semana para abordar o decreto que foi derrubado pelo Congresso. A audiência de conciliação marcada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para a próxima terça-feira (15 de julho de 2025) também visa discutir a validade do decreto que elevou o tributo.
A revogação do decreto, ocorrida em 25 de junho, representou uma significativa derrota para o governo Lula e Haddad em sua estratégia de arrecadação, com 383 votos a favor da revogação na Câmara. Em resposta, a Advocacia Geral da União (AGU) acionou o STF, alegando que a derrubada do novo IOF contraria a Constituição Federal, uma vez que a definição do imposto é prerrogativa do Executivo.
Moraes, em sua decisão, reconheceu que o impacto financeiro do aumento, estimado em mais de R$ 20 bilhões para 2025, gerou preocupações legítimas no Congresso, que passou a questionar as intenções do governo. Desde a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo que revogou o aumento, Motta tem enfrentado críticas nas redes sociais, sendo rotulado por alguns internautas como "inimigo do povo".