O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, foi denunciado pelo Ministério Público nesta quinta-feira, 26 de outubro, por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. A denúncia é resultado do inquérito da Polícia Civil que investiga o Caso Vai de Bet. Caso a acusação seja aceita por um juiz, Melo se tornará réu e poderá enfrentar sanções severas, incluindo a indenização ao clube no valor de R$ 40 milhões.
Além de Melo, também foram denunciados Marcelo Mariano e Sérgio Moura, ex-diretor administrativo e ex-superintendente de marketing do Corinthians, e o empresário Alex Cassundé, que atuou como intermediário no contrato com a casa de apostas. O Ministério Público alega que os denunciados se uniram com o objetivo de cometer crimes de furto, subtraindo 36 parcelas de R$ 700.000,00, além de lavar os valores utilizando empresas de fachada para ocultar a origem do dinheiro.
A defesa de Augusto Melo, liderada pelo advogado Ricardo Jorge, criticou a denúncia, considerando-a genérica e sem fundamentação adequada. Em nota, a defesa argumenta que a acusação carece de clareza e não apresenta uma descrição cronológica coesa dos fatos, o que comprometeria o direito à ampla defesa.
Outros envolvidos, como Yun Ki Lee, ex-diretor jurídico do clube, foram indiciados, mas o MP recomendou o arquivamento do caso em seu nome. Victor Henrique de Shimada e Ulisses de Souza Jorge, empresários ligados ao esquema, também foram denunciados. O Ministério Público estima que o prejuízo causado ao Corinthians ultrapassa R$ 40 milhões, somando os valores subtraídos e a multa rescisória com a patrocinadora anterior do clube.