A Prefeitura de Jacareí, em São Paulo, notificou a montadora Caoa Chery com a ameaça de desapropriação da área doada para sua fábrica, caso a empresa não apresente um plano de retomada das atividades. A unidade está desativada desde 2020, e a administração municipal alega que a inatividade prejudica o interesse público e a economia local.
O prefeito Celso Florêncio (PL) afirmou que tentou dialogar com a empresa, mas não obteve resposta satisfatória. Em ofícios enviados à Caoa Chery, a prefeitura estabeleceu um prazo de 45 dias para que a montadora apresente um plano concreto para a reativação da planta industrial. Caso contrário, o processo de desapropriação será iniciado, com uma indenização estimada em R$ 17,7 milhões.
A doação da área em 2010 foi condicionada à geração de empregos e ao funcionamento da unidade, mas a empresa não cumpriu com as obrigações acordadas. Em 2020, a Caoa Chery contava com apenas 444 funcionários, muito abaixo da expectativa inicial de mais de 3.000 postos de trabalho. A fábrica, inaugurada em 2014, foi alvo de investimentos significativos, mas não alcançou os resultados esperados no mercado brasileiro.
A administração municipal destaca que a paralisação da planta industrial frustra os objetivos de desenvolvimento econômico e arrecadação, além de justificar a adoção de medidas para reaver os investimentos realizados. A Caoa Chery, até o momento, não se manifestou sobre a notificação recebida ou sobre um possível plano de retomada das atividades em Jacareí.