A Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, adquiriu um drone por R$ 365 mil, sem licitação, para ser utilizado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na repressão a bailes funks, conhecidos como 'pancadões'. A compra, que gerou críticas da oposição, foi justificada pela gestão do prefeito Taka Yamauchi (MDB) com a alegação de que o equipamento possui tecnologia exclusiva fornecida por uma única empresa no Brasil.
O drone, fabricado pela Condor S/A Indústria Química, tem capacidade para lançar até 24 bombas de gás lacrimogêneo em um único voo e autonomia de 15 minutos. A aquisição foi registrada no site da Transparência da Prefeitura e inclui também a compra de 48 bombas de gás. A gestão municipal defende que a medida faz parte do programa de Segurança Pública 'Diadema Segura', que visa intensificar ações de combate aos pancadões.
Entretanto, vereadores da oposição criticam a falta de pesquisa de mercado e a priorização de equipamentos de repressão em detrimento de alternativas culturais para os jovens da periferia. A vereadora opositora destacou que a compra do drone pode causar tumultos em grandes aglomerações, relembrando o trágico 'Massacre de Paraisópolis' de 2019, onde jovens morreram em uma ação policial durante um baile funk.
A administração municipal, por sua vez, afirma que a aquisição do drone é uma ferramenta adicional para garantir a segurança na cidade e que a GCM tem conseguido zerar os pancadões desde o início da gestão atual.