O policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos foi sepultado na manhã desta terça-feira (8) em Pedreiras, após ser morto a tiros durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no Maranhão, na noite de domingo (6). O autor dos disparos, segundo sua própria confissão, é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). O crime ocorreu após uma discussão entre o PM e o prefeito, que teria sido provocado por um pedido do policial para que o prefeito reduzisse a iluminação de seu veículo, que estava incomodando os presentes no evento.
O velório do policial reuniu familiares, amigos e colegas de farda, e foi realizado em um espaço cedido pela loja maçônica local. Imagens do enterro mostram a comoção da população e a homenagem prestada pelos militares. Em depoimento à Polícia Civil, o prefeito confessou ter atirado contra Geidson e afirmou que a arma utilizada foi um presente de um eleitor, sem registro ou autorização para posse. Ele alegou ter descartado a arma no local do crime, mas a polícia ainda não conseguiu localizá-la.
De acordo com o delegado Ricardo Aragão, o prefeito se apresentou voluntariamente à polícia e foi liberado após o depoimento, uma vez que não houve flagrante. A defesa de João Vitor Xavier alega que ele agiu em legítima defesa. Imagens de câmeras de segurança da área não mostram o momento em que a arma foi descartada, mas testemunhas afirmam que o prefeito disparou cerca de cinco vezes, possivelmente pelas costas do policial, que foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil continua a investigar o caso, ouvindo testemunhas e analisando provas para decidir sobre um possível pedido de prisão preventiva do prefeito. O corpo do policial foi encaminhado para o IML de Timon para perícia, enquanto a comunidade local se mobiliza em luto pela perda do agente de segurança.