O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, expressou sua insatisfação com a lentidão das investigações sobre os ataques a ônibus na capital durante uma entrevista à GloboNews na segunda-feira (14 de julho de 2025). Desde o início da onda de vandalismo em 12 de junho, 421 veículos foram danificados, conforme dados da SPTrans. Na mesma data, a cidade registrou 47 novos casos de depredação, o segundo maior número diário desde o início das ocorrências, ficando atrás apenas dos 59 ataques registrados em 7 de julho.
Nunes criticou a atuação da Polícia Civil, afirmando que a investigação está demorando. "Quando a gente tem que elogiar, tem que elogiar, mas também quando tem que criticar, tem que criticar", declarou. No entanto, o prefeito tentou esclarecer sua posição, afirmando que sua crítica se referia ao tempo da investigação e não à polícia em si.
A onda de vandalismo, que afeta também municípios da Grande São Paulo e da Baixada Santista, já contabiliza 249 ocorrências de 1º de junho até 11 de julho, segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). As autoridades estão investigando três possíveis linhas de ação: uma ligação com o PCC, desafios relacionados à internet ou ações promovidas por empresas ou indivíduos do setor de transporte urbano coletivo. Nunes indicou que a investigação pode estar se inclinando para a questão dos desafios da internet, embora a motivação dos criminosos ainda permaneça desconhecida pela Polícia Civil.