O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quarta-feira, 23, a implementação de 200 policiais militares dentro dos ônibus das linhas municipais, como parte de uma estratégia para conter a onda de depredações que já soma 530 ocorrências na capital desde 12 de junho, segundo dados da São Paulo Transporte (SPTrans). O aumento da violência no transporte público tem gerado preocupações sobre a segurança dos passageiros e a operação dos coletivos.
Os policiais, que atuarão nas linhas mais afetadas, fazem parte da Operação Delegada, onde agentes trabalham durante suas folgas e são remunerados pela Prefeitura. Nunes informou que o Município investe cerca de R$ 1 milhão por dia para que 2,4 mil policiais realizem ações de segurança. "Cerca de 200 policiais militares vão acompanhar o percurso dos ônibus, garantindo a segurança dos passageiros", afirmou o prefeito durante a entrega de 120 novos ônibus elétricos na cidade.
A polícia investiga as causas da onda de ataques, que podem estar relacionadas a conflitos sindicais entre empresas de transporte, buscando desestabilizar o setor após mudanças implementadas pela Prefeitura. Além disso, as autoridades não descartam a possibilidade de um "efeito manada", onde a violência se espalha sem uma coordenação clara. O delegado Ronaldo Sayeg, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), destacou que a situação é complexa e envolve múltiplas motivações, incluindo ações isoladas de indivíduos como os irmãos Sérgio e Edson Campolongo, que realizaram uma série de ataques em um único dia.