O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou a redução significativa das filas de espera nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que caiu de 15 mil em 2024 para 2.300 em junho de 2025. Essa medida, uma das promessas de campanha do gestor, foi impulsionada pela terceirização dos serviços de educação infantil, com mais de 50 contratos firmados com entidades filantrópicas para a alocação de alunos.
A prefeitura agora busca ampliar essa terceirização por meio da contratação de Organizações Sociais Civis (OSCs) para os CMEIs. Essa estratégia não é inédita na gestão de Mabel, que já implementou a terceirização em outros setores, como na saúde, com a troca de organizações sociais que geriam maternidades em Goiânia.
Entretanto, a política de terceirização levanta preocupações sobre a qualidade do serviço público. Em fevereiro de 2025, vereadores de Goiânia relataram superlotação nas creches, resultado da pressão para reduzir as filas de espera. Críticas semelhantes foram levantadas em relação à educação no Estado de São Paulo, onde cortes orçamentários impactaram negativamente a qualidade do ensino.
Especialistas alertam que a terceirização deve ser uma ferramenta de apoio e não uma solução para o desmonte dos serviços públicos. A gestão de Mabel é observada com cautela, especialmente em um contexto onde a educação pública enfrenta desafios significativos devido à falta de recursos e à diminuição da qualidade do ensino.