O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, anunciou nesta terça-feira (8/7) a autorização para o desligamento de 668 servidores aposentados da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A decisão, aprovada pelo Conselho de Administração e pela Diretoria da empresa, faz parte de um plano de recuperação que visa reduzir gastos com pessoal e corrigir distorções legais e financeiras na companhia, que enfrenta um passivo de cerca de R$ 3 bilhões, incluindo R$ 1,2 bilhão em ações trabalhistas.
A medida deve gerar uma economia anual de R$ 44 milhões, sendo que 414 dos desligados se aposentaram após 12 de novembro de 2019, o que torna a demissão obrigatória em conformidade com a decisão do Supremo Tribunal Federal (Tema 1022). Os outros 254 servidores, aposentados antes dessa data, também serão desligados por razões de economicidade e reestruturação administrativa.
Durante uma coletiva de imprensa, Mabel enfatizou que todos os direitos dos desligados serão respeitados, incluindo o pagamento das verbas rescisórias e a manutenção do plano de saúde do IMAS por 12 meses. Desde o início de sua gestão, a Comurg já reduziu sua folha de pagamento em 27% e os cargos comissionados em mais de 80%, de 532 para 102.
O comunicado sobre os desligamentos foi emitido em 4 de julho, com a saída oficial dos servidores programada para esta quinta-feira (10/7). O pagamento do FGTS retroativo já começou, e as verbas rescisórias serão quitadas no dia 18/7, com homologações previstas para 21/7, em colaboração com o sindicato. O prefeito também destacou a intenção de preparar a Comurg para competir em grandes licitações e, futuramente, considerar a abertura de capital da empresa.