A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou na terça-feira (29) o veto a partes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que incluíam investimentos nas áreas de cultura e saúde. A decisão foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) e gerou controvérsia entre os setores afetados. Lopes justificou que os trechos vetados apresentavam problemas legais e poderiam comprometer o planejamento financeiro do município.
Entre os itens barrados, destaca-se a proposta que destinava 1% do orçamento para editais culturais, com a prefeitura argumentando que já realiza esse investimento e que a obrigatoriedade poderia prejudicar outras áreas. Além disso, foram vetadas propostas para a criação de unidades de saúde voltadas à população LGBTQIA+ e a ampliação do atendimento humanizado às gestantes, com a justificativa de que qualquer expansão deve ser precedida de estudos sobre demanda e viabilidade financeira.
Outras medidas vetadas incluem a criação de uma reserva de 1% da Receita Corrente Líquida para ações ambientais e a meta de ampliar em 20% a cobertura da saúde pública. A prefeita também considerou ilegais propostas como o corte de 5% nos gastos com pessoal, alegando falta de embasamento técnico. Por outro lado, foram sancionadas iniciativas como o Programa IPTU Verde e a criação de salas de acolhimento para alunos autistas e neuroatípicos, além de investimentos em cooperativas de catadores e hortas comunitárias.