Entre 28 de junho e 2 de julho de 2025, Portugal enfrentou uma severa onda de calor que resultou em 69 mortes acima do esperado, conforme dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). As temperaturas durante esse período variaram entre 8ºC e 12ºC acima da média histórica, com a cidade de Mora, no distrito de Évora, alcançando um recorde de 46,6ºC, o mais alto para junho no país.
O aumento da mortalidade foi especialmente significativo entre idosos com 85 anos ou mais, que são mais vulneráveis aos efeitos do calor intenso. O governo alertou que o número de óbitos pode continuar a crescer, uma vez que os impactos da onda de calor podem persistir mesmo após a diminuição das temperaturas. O Índice Ícaro, sistema de monitoramento de risco, prevê que os efeitos do calor ainda serão sentidos por pelo menos mais três dias.
As autoridades de saúde enfatizam a importância da prevenção, especialmente para grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças crônicas. Recomendações incluem evitar a exposição ao sol entre 11h e 17h, manter-se hidratado, usar roupas leves e procurar locais frescos. A situação em Portugal é parte de um padrão mais amplo que afeta o sul da Europa, onde países como Espanha, Itália e Grécia também enfrentam altas temperaturas e riscos crescentes de incêndios florestais, atribuídos às mudanças climáticas.