A política anti-imigração do presidente Donald Trump tem gerado impactos significativos sobre estudantes brasileiros que desejam estudar nos Estados Unidos. Desde o final de junho de 2023, a Embaixada dos EUA no Brasil anunciou que todos os solicitantes de visto de estudante terão suas redes sociais monitoradas, obrigando-os a tornar seus perfis públicos. A medida visa avaliar se os candidatos representam riscos à segurança nacional.
Os brasileiros interessados em estudar nos EUA precisam solicitar um visto específico, que varia conforme a modalidade de estudo: o visto tipo F é destinado a universidades, o tipo M para instituições vocacionais e o tipo J para intercâmbio. Especialistas em imigração alertam que publicações nas redes sociais, especialmente aquelas relacionadas a opiniões políticas e discursos de ódio, podem prejudicar a aprovação dos vistos, uma vez que o governo dos EUA está atento a esses aspectos.
A situação tem levado muitos estudantes a reconsiderar seus planos, com uma pesquisa da revista Nature indicando que 75% dos acadêmicos estavam considerando deixar os EUA devido à atual administração. Países como França, Bélgica e China estão se mobilizando para atrair esses estudantes, oferecendo programas que visam captar cientistas e acadêmicos em busca de novas oportunidades. No entanto, especialistas afirmam que, apesar da tensão, a situação ainda não representa uma fuga em massa de cérebros, e que as universidades americanas ainda mantêm um fluxo considerável de alunos internacionais.