Dois policiais militares foram detidos em flagrante pela morte de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, na noite de quinta-feira (11) na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. A prisão ocorreu após a análise de imagens de câmeras corporais, que mostraram que os disparos foram feitos enquanto Igor estava rendido, com as mãos na cabeça. O coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que a ação dos policiais não se enquadrou nas excludentes de licitude esperadas em operações dessa natureza.
A morte de Igor ocorreu durante uma operação policial que visava combater o tráfico de drogas na região, após denúncias sobre homens armados. Durante a ação, os policiais abordaram quatro indivíduos que tentaram fugir, resultando na prisão de três e na morte de Igor. Além dele, outro homem também foi morto e um policial ficou ferido. A operação resultou na apreensão de uma grande quantidade de drogas, incluindo maconha, cocaína e crack.
A situação gerou revolta entre os moradores de Paraisópolis, que realizaram protestos, bloqueando vias e confrontando a polícia. O coronel Massera relatou que houve troca de tiros durante os protestos, resultando em um policial ferido e uma pessoa presa. A Polícia Militar reafirmou seu compromisso em investigar a conduta dos policiais envolvidos e garantir a responsabilidade em casos de abuso de poder.