Os cabos da Polícia Militar Renato Torquato da Cruz e Robson Noguchi de Lima, do 16.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, tiveram a prisão convertida em preventiva neste sábado, 12, após audiência de custódia. Eles foram detidos em flagrante na quinta-feira, 10, durante uma operação na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, que resultou na morte do morador Igor Oliveira, de 24 anos.
De acordo com informações da PM, os policiais dispararam contra Oliveira quando ele já estava rendido, com as mãos na cabeça. A vítima não possuía antecedentes criminais significativos, exceto por registros de ato infracional. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que os policiais responderão criminalmente e ressaltou que não haverá tolerância para abusos de autoridade.
Os advogados de defesa dos policiais alegaram que não se deve fazer prejulgamentos e que a análise das câmeras corporais não reflete a percepção dos agentes no momento da ação. O coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, classificou a ação como ilegal e afirmou que os policiais sabiam que estavam cometendo erros, apesar de serem considerados experientes.
Após a morte de Oliveira, protestos eclodiram na região, com barricadas e bloqueios nas avenidas próximas. Moradores relataram um clima de tensão e medo, com reforço no policiamento e helicópteros sobrevoando a comunidade. A situação permanece delicada, com a população preocupada com a segurança local.