A Polícia Civil de São Paulo está em processo de solicitar a exumação do corpo de Élide Guidi, encontrada morta em sua residência em Pontal, em dezembro de 2016. O médico patologista Denis Welington Moura Ferreira, que supervisionou a autópsia, recomenda a exumação para investigar a possibilidade de envenenamento, uma vez que a causa da morte foi inicialmente considerada natural, apesar da ausência de histórico de problemas de saúde na vítima de 80 anos.
As investigações sobre a morte de Élide Guidi estão ligadas ao caso de Elizabete Arrabaça, amiga da falecida, que é acusada de feminicídio qualificado pela morte de sua nora, Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto, e é suspeita pela morte da filha, Nathalia Garnica. O delegado José Carvalho de Araújo Junior, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) para dar prosseguimento ao pedido de exumação à Justiça.
O patologista Ferreira destacou que uma análise toxicológica poderia revelar indícios de envenenamento, o que justificaria a exumação ou a análise de amostras de tecidos já preservados. A defesa de Elizabete Arrabaça, que não se manifestou publicamente sobre o caso, nega as acusações de homicídio. Élide Guidi, que vivia sozinha e não apresentava problemas de saúde significativos, foi atendida por um cardiologista por 17 anos antes de sua morte.