A Polícia Militar de São Paulo anunciou a implementação de novas funcionalidades para suas câmeras corporais, incluindo reconhecimento facial e leitura de placas de veículos, a partir de 2026. O capitão Marcelo Luís Valino, chefe de Operações de Imagens da PM, informou que essas inovações visam integrar as câmeras ao sistema de monitoramento do programa Muralha Paulista, que controla a mobilidade criminal na região.
Atualmente, há 8.149 câmeras em operação no estado, com a meta de alcançar 12 mil até dezembro. Valino destacou que, com o reconhecimento facial, os policiais poderão verificar a identidade de indivíduos abordados em tempo real, consultando um banco de dados de procurados em até um minuto. A leitura de placas funcionará de maneira semelhante, permitindo que os agentes identifiquem veículos durante as ocorrências.
As câmeras corporais podem ser acionadas manualmente pelos policiais ou remotamente pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Elas possuem GPS integrado, permitindo o monitoramento das viaturas e das câmeras em tempo real. Além disso, se um policial desliga sua câmera, ela será reativada automaticamente em até um minuto.
Outro recurso inovador é a ativação via bluetooth, que conecta as câmeras de policiais em um raio de 10 metros. Esse sistema foi utilizado em uma recente operação na favela de Paraisópolis, onde imagens das câmeras resultaram na prisão de dois policiais militares por homicídio doloso após a análise das gravações de uma abordagem que resultou em disparos contra suspeitos rendidos.